quarta-feira, 15 de maio de 2013

RESENHA - A Livraria 24 horas do Mr. Penumbra

Antes de tudo, gostaria de avisar que não há spoilers... Não tem coisa mais chata que alguém contando o final (ou uma parte importante) do livro...

A Livraria 24 horas do Mr. Penumbra
(Mr. Penumbra's - 24 hour Bookstore)
Autor: Robin Sloan
Editora Novo Conceito
Ano: 2013
Páginas: 288

Sinopse: "A recessão econômica obriga Clay Jannon, um web designer desempregado, a aceitar um trabalho em uma livraria 24 horas. A livraria do Mr. Penumbra - um homenzinho estranho com cara de gnomo.
 
Tão singular quanto seu proprietário é a livraria onde só um pequeno grupo de clientes aparece. E sempre que aparece é para se enfurnar, junto do proprietário, nos cantos mais obscuros da loja, e apreciar um misterioso conjunto de livros que Clay Jannon foi proibido e ler. Mas Jannon é curioso..."
  
Começo dizendo que praticamente todo leitor gostaria de conhecer a livraria do Sr. Penumbra. E que o livro é bem legal!
 
Mas, antes de falar da história propriamente dita, quero fazer alguns comentários sobre umas coisas  bobas que me incomodaram:
 
A primeira delas foi que não entendi o motivo de não traduzirem o "Mr." para "Senhor"... Vai entender... no livro inteiro vemos o "Mr." pra lá e "Mr." pra cá... (é lógico que isso não interferiu em nada no desenvolvimento da história, mas acho que fazer um curso de 'Introdução aos Estudos da Tradução' fez isso comigo... agora fico reparando mais nesses detalhes... rsrs). Também encontrei outras coisinhas esquisitas relacionadas à tradução, mas deixa pra lá...
 
Uma coisa que também me incomodou foi a sinopse da capa do livro (transcrita parcialmente acima). Ela descreve o 'Mr.' Penumbra como um 'homenzinho' com cara de gnomo. Ele pode até ter cara de gnomo, mas homenzinho não é... olha a descrição no livro: "Emergiu uma figura, um homem alto e magro como uma das escadas, (...). Quando saiu das sombras, vi que seu suéter combinava com os olhos, que também eram azuis, afundados em seu ninhos de rugas. Ele era muito velho." Quando li a sinopse juro que não imaginei o Mr. Penumbra alto, magro e de olhos azuis. A mesma sinopse também diz que um pequeno grupo de clientes vai à livraria "para se enfurnar, junto do proprietário, no cantos mais obscuros da loja". Na verdade, os poucos clientes que vão à loja nem mesmo entram direito, já pedem o livro que querem para o atendente e vão embora. E eles não teriam como se enfurnar com o dono da loja, já que o Mr. P (que íntimidade... rs) nem mesmo está na loja no turno de Clay, o narrador (22h às 06h - esse horário me lembra uma certa videolocadora 24 horas em que trabalhei... rsrs).
 
Última coisa: achei a capa do livro americano mais bonita. Não que eu não tenha gostado da capa nacional, mas achei a outra (abaixo) mais legalzinha... gosto é gosto, né?
 
  
Bom, mas já reclamei o bastante, e agora vamos à história... No geral, gostei! O atendente, com a ajuda de seus amigos, tenta descobrir o que existe de misterioso naquela livraria, nos livros que ele não pode ler e nos clientes excêntricos que a frequentam.
 
O narrador (Clay) faz diversas referências à alguns elementos nerds, como RPG, leituras de fantasia e ficção, tecnologia, e por aí vai. Os amigos de Clay são bem legais e o próprio Mr. P é uma figura interessante. Clay fala muito em "Crônicas da Balada do Dragão", uma trilogia de livros que infelizmente não existe na 'vida real', o que é uma pena! Eu leria se existisse! (se eu estiver errada e existir, por favor me digam...)
 
Não dá pra dizer muito para não entregar a história, mas a leitura é bem agradável e rápida. Não ficou entre meus preferidos, mas é bem divertida!
 
Vocês leram? O que acharam? Contem tudo ali nos comentários... ;D